segunda-feira, 30 de março de 2009
Revisão de datas - Pritzker 2009
Tinhamos dito antes que o resultado do Pritzker provavelmente sairia no último dia de março, como geralmente acontece nas últimas décadas, porém agora houve uma confirmação: 12 de Abril é a data em que o laureado de 2009 será anunciado.
Naturalmente nossa enquete foi prorrogada em 13 dias. Quem não votou ou não sabia até agora o que estava acontecendo, a enquete é o primeiro box do lado direito do blog, participem!
sábado, 28 de março de 2009
Hora do Planeta - HOJE 20:30
sexta-feira, 27 de março de 2009
Por que são tão poucas as mulheres na Arquitetura?
Nossas faculdades estão cheias delas (graças a Deus!), mas pouquíssimas conseguem uma projeção maior na vida profissional. Falo, claro, de uma escala internacional de projeção, com trabalhos publicados, concursos ganhos e pritzkers na prateleira.
Robert Stern acredita que o desejo pela maternidade e formação de uma família impede que muitas talentosas arquitetas consigam estar aptas a competir com talentosos arquitetos homens, em uma profissão que exige, a cada dia mais, dedicação exclusiva, entrega total e uma carga de viagens e estudos desumana.
Não acho que essa seja a resposta absoluta, na verdade me preocupo mais com a ausência quase total de arquitetos negros. Não sou cotista e prefiro focar no talento ao invés da cor ou do gênero, mas ainda sim fico curioso pelo fato.
E vocês, o que acham?
quarta-feira, 25 de março de 2009
2º Concurso do CBCA para Estudantes de Arquitetura
20 de março a 31 de agosto - Divulgação e Inscrição para participação no Concurso
8 de setembro – Data limite para recebimento dos trabalhos (conforme item 11)
10 e 11 de setembro - Julgamento dos trabalhos
17 de setembro - Divulgação do vencedor
18 de setembro - Inscrição do vencedor brasileiro no prêmio ILAFA.
terça-feira, 24 de março de 2009
A arquitetura precisa de um Carl Sagan - Parte II
Há uma semana atrás se iniciou aqui no blog uma discussão sobre o tema: divulgação de Arquitetura e Urbanismo para leigos, que acabou tendo um bom efeito, afinal foi um post bem comentado.
Porém como muito bem dito e observado pelo professor PC Lourenço, os comentários em geral e, se formos bem honestos, inclusive o próprio espírito do post, levavam a um lugar bem comum da arquitetura, já conhecidos por todos nós: a choradeira dos arquitetos, que choram, choram, e não tomam atitude alguma.
É verdade que reclamamos de tudo: de clientes burros, de executores ignorantes, de políticas injustas, do CREA inapto em nos defender, etc; mas também é verdade que não movemos o dedo mindinho para que algo mude. Logo nós, que somos o braço prático das ciências sociais.
Portanto, nessa continuação de post eu me propuz a fazer uma desconstrução analítica de todas as ferramentas usadas pelo astrônomo Carl Sagan na divulgação da Ciência e do ceticismo como método de investigação.
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Para defender o ceticismo, ou seja, a habilidade humana de duvidar e de tirar conclusões através de observações e experiências, as idéias de Sagan foram naturalmente contra outras centenas de questões pesadas como, por exemplo, a da necessidade real da existência das religiões.
Para mim essa foi sua briga mais problemática, afinal São Tomé é repreendido há mais de 2000 anos apenas por duvidar. Perto disso, malhar roceiros que acreditavam que círculos no milharal eram obras de Deuses Astronautas, videntes ou pessoas que acreditavam fazer "cirurgias espirituais" acabou sendo fichinha.
Nós também teremos nossos adversários, claro, que não veem vantagem alguma da preocupação arquitetônica com nossos espaços e nossas cidades, mas que de forma alguma devem ser encarados como invencíveis.
Mas voltando a Sagan:
Seu primeiro passo como divulgador foram as palestras. Palestras principalmente para crianças que, para o astrônomo, eram as únicas pessoas capazes de fazerem as perguntas realmente importantes. Crianças não têm medo de perguntar "por que a lua é redonda", ou "por que a grama é verde". Nós, adultos, ignorantes que somos, por não conhecermos a resposta ao invés de respondermos "bom, não faço idéia do por que do formato da lua, mas podemos pesquisar e investigar juntos", respondemos simplesmente:
"A lua é redonda porque é.O que você queria, seu retardado, que a lua fosse quadrada?"
Mas não foi só através da fala que Sagan atacou, escrevendo diversos livros que abrangem qualquer classe social, cultural ou faixa etária. Dentre suas dezenas de livros lançados, destaco 4 :
OS DRAGÕES DO EDEN (1977)
Nessa obra são combinados os campos de antropologia, biologia evolucionária, psicologia e ciencia da computação para dar uma perspectiva balanceada de como a inteligencia humana evoluiu. Sagan procura mostrar que a razão da massa cerebral sobre a massa corpórea é um indicador extremamente bom, com os humanos tendo a maior, seguidos pelos golfinhos. Ela não funciona, entretanto, na parte extremamente pequena da escala, pois um mínimo tamanho de cérebro é necessário para dar suporte à vida. Criaturas pequenas (formigas, em particular) ocupam posições desproporcionalmente altas na lista.
O livro em questão deu o prêmio Pulitzer ao astrônomo ( prêmio máximo da literatura americana).
COSMOS (1980):
Esse livro continua até hoje sendo figurado como o livro de divulgação científica mais vendido da história e não é atoa, através de uma linguagem acessível e sem se prender a um só campo de investigação (o que eu, pessoalmente acho uma burrice incomensurável dos trabalhos acadêmicos em geral), Sagan discute de temas como Tamanho do Universo, existência de Deus até as funções do cérebro humano com total desenvoltura e desmistificação.
CONTATO (1985):
Dessa vez partindo para o romance de ficção científica, livro discorre sobre muitos do interesses do autor ao longo de sua vida, especialmente o primeiro contato com extraterrestres, sendo esse imaginado da forma mais realística e plausível já escrita nesses cem anos de literatura sci-fi.
O MUNDO ASSOMBRADO PELOS DEMÔNIOS (1996):
Nessa obra, Sagan pretende apresentar o método científico a leigos e encorajá-los a pensar de maneira crítica e cética, demonstrando métodos para distinguir ciência de pseudociência e propondo o ceticismo e o questionamento ao abordar novas ideias.
Sagan afirma que após uma análise das suposições de uma nova idéia, ela deve permanecer plausível, e então ser reconhecida como uma suposição. O pensamento cético é uma maneira de construir, entender, racionalizar e reconhecer argumentos válidos e inválidos, e prová-los de maneira independente. Ele acreditava que a razão e a lógica devem prevalecer a favor da verdade. Através desses conceitos, os benefícios do pensamento crítico e a natureza "auto-corretiva" da ciência emergiriam.
Sagan fornece uma análise cética de vários tipos de superstições, fraudes, pseudociências e crenças religiosas como deuses, bruxas, OVNIs, percepção extra-sensorial e cura pela fé.
_________________________________________Percebe-se uma clara espiral ascendente do interesse de Sagan em levar cada vez mais seus assuntos para o GRANDE PÚBLICO. Um primeiro livro com um assunto um tanto hermético foi diluido para um "romance sci-fi" (dos bons, claro), e após isso verdadeiras cartilhas enciclopédias de como exercitar seu espírito científico e cético na sua forma de encarar a vida.
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Não satisfeito com essa verdadeira revolução literária, Sagan atacou em outras mídias, usando como base parte de seus livros:
COSMOS (série de TV, 1980):
A série Cosmos é um dos mais formidáveis exemplos da amplitude e eficácia que a divulgação científica pode atingir por meios audiovisuais, quando servida por uma personalidade carismática como Carl Sagan e por meios técnicos adequados.
Filmado ao longo de três anos, em quarenta locais de doze países, o programa Cosmos abriu a janela do Universo a mais de 500 milhões de pessoas. O segredo desta série de treze horas foi o talento de comunicad de Sagan, capaz de desmistificar o que até então fora informação científica inacessível. A versão escrita deste programa continua a ser o livro de divulgação científica mais vendido da história.
No ano de seu lançamento, série levou três Emmys (prêmio máximo da TV americana)
CONTATO (filme, 1997, direção de Robert Zemeckis)
O filme é baseado num acontecimento supostamente real, chamado Projeto Contato, financiamento realizado entre os EUA e a Rússia para a construção de uma máquina cujo o projeto havia de fato vinda do espaço. Os EUA atribuíram a autoria desses sinais à Rússia, mas quando os fatos chegaram aos ouvidos dos russos, os americanos perceberam que se tratava de um sinal que não vinha do planeta Terra.
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O que dizer após essa análise minunciosa (precisava esgotar esse assunto)
Não existe atalho,
o caminho está aí.
Primeiro, Sagan escreveu livros que, por natureza, não necessitam de orçamento algum, apenas tempo hábil, força de vontade, conteúdo, caneta e papel. Só após produzir esse material que ele alcançou uma parcela de público e provou a importância a o valor de sua obra, para que essas posteriormente fossem recriadas em mídias mais elaboradas.
Mesmo alcançando a TV e Hollywood, Sagan nunca parou de escrever ou de ministrar palestras. Se ele tivesse vivo até hoje, com a internet consolidada, tenho certeza absoluta de que ele seria um usuário ativo de serviços como Blog, twitter, myspace, facebook, etc. e os transformaria em veículos extremamente eficazes de divulgação da ciência.
Sendo céticos e investigativos como ele nos ensinou, percebemos que não existe uma possibilidade real para criarmos um "ARCHITECTURE CHANNEL" amanhã, mas as ferramentas para uma revolução estão nas nossas mãos e, o melhor, a um custo zero.
Sinceramente, nossas ferramentas são muito mais interessantes, eficases, abrangentes e com um alcança infinitamente maior das que ele usou nos anos 70, e nosso assunto é muito mais acessível e paupável para as pessoas do que os que ele lidou.
Falar de uma cidade ou de uma casa é bem menos abstrato para um leigo do que a composição da atmosfera de Venus.
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Na terceira fase desse assunto, discussarei sobre o que já ou está sendo feito pela divulgação da Arquitetura e Urbanismo hoje.
Seguindo a tradição, termino esse segundo post com uma citação da esposa de Sagan, Ann Druyan, após 10 anos da morte do astrônomo, em 1996.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Cidades para um Pequeno Planeta
Estas palestras foram formatadas neste livro, de linguagem acessível, diagramação inteligente, e de cores um tanto descontraídas.
Tivemos o prazer de ler novamente esta pequena jóia para realizarmos um trabalho para a disciplina de Evolução do Pensamento Urbanistico II, ministrada pela Professora Aline A. Cruz.
O objetivo do trabalho foi entender e identificar os conceitos urbanisticos contidos no livro, além de apresentar exemplos e aplicar a teoria na cidade de Juiz de Fora - MG.
Este trabalho foi apresentado no dia 18 de março de 2009.
Chegamos a conclusão que um livro, para se tornar referência teórica, não precisa ser carrancudo e inacessível.
A mensagem arquitetônica deve ser mais fácil de ser passada do que a científica, é óbvio, nós vivemos a arquitetura diariamente, já a astronomia, infelizmente (pra quem não sabe sou astrônomo amador), não.
A pergunta ainda continua no ar: O que devemos fazer para aproximar a arquitetura da população? Alguém aí já fez sua contribuição? Que tal pensarmos a respeito?
domingo, 22 de março de 2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
A hora do planeta
O doob aderiu, é simbólico, mas não custa nada cada um fazer sua parte.
"Hora do Planeta é um ato simbólico no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a demonstrar sua preocupação com o aquecimento global e as mudanças climáticas. O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem o significado de chamar para uma reflexão sobre o tema ambiental.
Conhecido mundialmente como Earth Hour, a Hora do Planeta será promovida no País pela primeira vez pelo WWF-Brasil e conta com a adesão e apoio do Rio de Janeiro , a primeira cidade brasileira a aderir à iniciativa.
A Hora do Planeta será realizada no dia 28 de março, das 20h30 às 21h30(...).
Realizada pela primeira vez em 2007, a Hora do Planeta contou com a participação de 2,2 milhões de moradores de Sidney, na Austrália. Já em 2008, o movimento contou com a participação de 50 milhões de pessoas, de 400 cidades em 35 países. Simultaneamente apagaram-se as luzes do Coliseu, em Roma, da ponte Golden Gate, em São Francisco e da Opera House, em Sidney, entre outros ícones mundiais."
Texto e mais informações aqui.
terça-feira, 17 de março de 2009
A Arquitetura precisa de um Carl Sagan
Isaías 59:9
Carl Edward Sagan (1934 - 1996) foi um importante cientista e astrônomo dos Estados Unidos, estando envolvido em quase todos os momentos importantes da astronomia e da
exploração espacial, na segunda metade do século XX.
Tanto na teoria quanto na prática, obteve sucesso, sendo responsável por diversas missões, chefiando as lendárias Viking e a Mariner, dentre outras.
Academicamente, seu legado também é louvável: foi decisivo na explicação do efeito-estufa em Vênus e no descobrimento das altas temperaturas do planeta; na explicação das mudanças sazionais da atmosfera de Marte, e na descoberta de moléculas orgânicas em Titã, satélite de Saturno.
No entanto, Sagan nunca considerou essas descobertas e contribuições como seu maior legado.
Inerente a todas as descobertas feitas pela ciência moderna, Carl Sagan acreditava que todo esse trabalho científico só alcansaria algum sentido quando todos soubessem da existência dessas discussões. Para isso, martelou, por toda a sua vida, as questões referentes à divulgação da ciência e, principalmente, à importância da educação acessível a todos.
Carl Sagan foi um astrônomo de primeira linha, entretanto, divulgando a ciência a todos, destacou-se como o melhor dos melhores. Sagan não se rendeu a um só tipo de mídia ou de veículo: produziu documentários televisivos, ministrou palestras por todo o planeta e escreveu diversos livros científicos, além de ensaios e romances. Enfim, fez tudo o que estava ao seu alcance para que sua mensagem sobre ciência, ceticismo e educação alcançassem a todas as classes, faixas etárias, gêneros e etnias possíveis.
Após essa introdução, ouso afirmar algo com absoluta segurança:
A Arquitetura precisa de um Carl Sagan
Nossas cidades definham, nossas casas definham, nossa valorização profissional definha:
Urbanisticamente, nossas cidades estão à beira do caos;
90% das construções que estão acontecendo hoje no Brasil estão desprovidas de quaisquer aspectos de qualidade espacial ou social;
90% das pessoas envolvidas, tanto em construção quanto em política, desconhecem as reais funções, atribuições e vantagens de se contratar um arquiteto ou urbanista;
Se há solução para reverter esse quadro?
Não sei dizer, mas talvez Sagan saberia: Divulgação, conscientização e educação.
Indago-me e indago: por que ainda não existe um Architecture Channel?
por que só existem textos extremamente herméticos e academicistas de arquitetura, ou então verdadeiras porcarias escritas em revistas de decoração?
por que eu só fui saber quem era Lucio Costa ou Vilanova Artigas na faculdade, e não me ensinaram isso no ensino fundamental ou médio, e por que nunca me envergonhei disso?
por que, parafraseando Bruno Zevi, as pessoas se envergonham por não saberem quem é Van Gogh ou Marlon Brando, mas não dão a mínima por não conhecerem Palladio?
por que a Folha de São Paulo, que lança coleções de livros a cada trimestre sobre Artes, Culinárias, Filmes e Literatura, nunca lança um panorama sobre a arquitetura contemporânea mundial?
Educação, conscientização e divulgação.
Nós, arquitetos e amantes da arquitetura, poderíamos desviar um pouco o nosso fôlego de nossos debates e gastar um pouco mais essa energia contando o quanto isso é divertido e importante para os outros de fora.
Porque as pessoas só irão valorizar, pedir por coisas importantes quando souberem o quanto essas coisas são valiosas e importantes;
Esperar por um Carl Sagan arquiteto é ingenuidade, mas um exército de "mini-sagans" me soa algo como uma solução. Destilar todo o conceito de arquitetura contemporânea, e transformar esse conteúdo em informação rápida e bem humorada, para que leigos também participem; mostrar que nossos temas são tão interessantes quanto qualquer outra produção cultural humana, não acredito que seja impossível.
Na verdade é até uma vergonha que o livro sobre arquitetura mais acessível dessa década, que inclusive se expandiu para outras mídias como documentários televisionados e também para a própria internet pelo youtube, o Architecture of Happiness, tenha sido idealizado por um filósofo, e não por um arquiteto.
Produzir conhecimento sem divulgá-lo é como uma vitória sem vencedor. Se comecei esse post com uma citação, termino com outra, também extraída de um livro de Sagan:
"É melhor acender uma vela do que praguejar contra a escuridão"
ADÁGIO
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ps.: Esse post "Manifesto" é na verdade o prolongamento de um assunto iniciado no post anterior "Reforma Urbana em Paris", onde o professor PC Lourenço acendeu o pavio com um excelente comentário que transcrevo aqui:
Prezados Henrique e Thiago, É, ao mesmo tempo, fascinante e desanimador, ver como as questões referentes às cidades são tratadas com seriedade e importância nas cidades do chamado mundo desenvolvido. E olha que alguns de nós, ou todos, poderíamos dizer que estas cidades já são "perfeitas"!!! A distância que nos separa destas realidades é imensa, e pior, aumenta a cada dia. Seriam nossos "líderes" os responsáveis por este descaso? Ou seríamos nós os arquitetos e urbanistas? A culpa é da falta de cultura generalizada? Estas são perguntas que, ao meu ver, não possuem respostas imediatas. O fato é que temos que construir, sem trocadilhos, esta cultura e irradiá-la de alguma forma. Como? Não me pergunte, pois também não tenho a resposta, mas creio que fazemos, de alguma maneira, a nossa parte. Mas é muito pouco!!! Abs, PC.
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Também não sabemos a resposta, professor, mas podemos pensar em voz alta e, quem sabe, começar um interessante debate!
segunda-feira, 16 de março de 2009
Reforma Urbana em Paris
O movimento reflete uma possível renascença arquitetônica em Paris, atingindo o ápice em setembro de 2007 onde 14 arquitetos do star-system foram convocados para trazer de volta a Paris, “uma arquitetura humana, sensível e criativa”.
O aspecto multidisciplinar foi muito marcado, fazendo com que os arquitetos trabalhassem diretamente com sociólogos, geógrafos e outras áreas que podem influenciar no planejamento Urbano. Esta semana o Escritório do nosso amigo Ricardo Rogério revelou sua proposta de transformação de Paris, reconectando o centro com os distritos periféricos, para criar a Grande Paris nos mesmos moldes da Grande Londres.
Rogers contou com o apoio da Arup e da escola Inglesa de Economia, para chegar a um desenho para a proposta, que inclui o aumento da rede de transportes e a criação de uma série de novos espaços públicos.
Para tanto, Rogers e sua equipe multidisciplinar definiu alguns princípios para a renovação de Paris:
-Construir Paris sobre Paris, para criar uma cidade de alta densidade;
-Completar a rede de transporte metropolitano;
-Criar uma Grande Paris policêntrica;
-Construir comunidades equilibradas;
-Re-equilibrar a economia regional;
-Fazer pontes entre as barreiras físicas da cidade ;
-Criar uma rede metropolitana de espaços livres;
-Reduzir as areas impermeáveis na Grande Paris;
-Investir em projetos de alta qualidade.
Outro que também apresentou suas propostas essa semana foi Sir Norman Foster, e assim que tivermos mais detalhes sobre sua proposta, postaremos aqui.
domingo, 15 de março de 2009
Walt Disney Concert Hall - O maior Arroz de Festa!
Mas o Walt Disney Concert Hall, pelo amor de Deus! Presença constante! Só em uma rapidinha, alguns filmes que eu lembro de cabeça:
Para começar, um dos grandes sucessos comerciais de 2008: Homem de Ferro. Downey Jr. dá um toco na Gwyneth Paltrow na varanda do Concert Hall (que eu nem sabia que existia). Depois desce a escadaria tirando onda, enfim, vocês já sabem!
Também de 2008, a comédia "O Agente 86" tem seu ato final transcorrido do edifício que está ameaçado por uma bomba terrorista.
The Soloist, o novo filme de drama com Jamie Fox e Downey Jr. no mais puro estilo "Te faço chorar e ganho um Oscar" tem como trama um violinista esquizofrênico que sonha em tocar no Disney Concert Hall.
Fora é claro o documentário Sketches of Frank Gehry, do finado Sidney Pollack em que o projeto aparece, digamos assim, até demais (ironia mode on).
Será que é por ficar perto dos estúdios, em L.A.? Se for assim porque a Igreja do Moneo ou as casas do Lautner não aparecem também? Que injustiça!
Mas enfim, arroz de festa é arroz de festa!
ps.: e vocês, lembram de mais algum filme arquitetonicamente recheado?
sábado, 14 de março de 2009
Venturi - Para viagem por favor!
sexta-feira, 13 de março de 2009
ArcoWeb de Cara nova
quinta-feira, 12 de março de 2009
Escritório Various Architects
quarta-feira, 11 de março de 2009
O ovo ou a galinha?
Essa casa sempre foi um enigma pra mim.
Sempre que eu olho para ela, inevitavelmente uma questão surge em minha cabeça: o que veio primeiro, o desenho de fachada que entablaria o telhado, ou o telhado que entablaria o desenho de fachada?
Recentemente tenho pensado em uma terceira hipótese, talvez em um passado não muito distante o desenho de fachada e o telhado já foram unidos, porém em alguma reforma posterior mudaram a angulação do telhado; ou mudaram o desenho da fachada.
Ainda sim, são apenas hipóteses.
Qualquer dia ainda toco a campainha e pergunto isso pra vovó dona da casa na cara de pau! hehe
Palestra: Aleijadinho e o Aeroplano: o processo da invenção histórica de um herói barroco
Palestrante: Profa. Dra. Guiomar de Grammont (Diretora do IFAC-UFOP)
Local: Anfiteatro do ICH
Data: Quarta-Feira, 11 de março de 2209, às 19:00h
Promoção: LAPA (Laboratório de Patrimônios Culturais)
Apoio: Programa de Pós-Graduação em História, Departamento de História da UFJF e Livraria Liberdade
Pequeno resumo (do Curriculo LATTES) da Profa. Guiomar de Grammont:
Historiadora formada pela UFOP, mestre em Filosofia pela UFMG. Doutora em Literatura Brasileira pela USP. Estudou na Ecole de Hautes Etudes en Sciences Sociales de Paris, sob orientação de Roger Chartier, em 1999 e 2000, onde foi professora convidada em maio de 2007. É escritora, dramaturga e, atualmente, diretora (eleita pela comunidade universitária e reconduzida em novo mandato) do Instituto de Filosofia Artes e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto. Organizou diversos congressos nacionais e internacionais, inclusive o colóquio Autour du Brésil Baroque, em Paris, em novembro de 1999. Concebeu e coordenou o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana Fórum das Artes , por quatro edições, de 2004 a 2007, e o Fórum das Letras , quarta edição a ocorrer em novembro de 2008. Fez a curadoria do Botequim Filosófico na Bienal do Livro do Rio de Janeiro em 2007 e do Café Literário da primeira Bienal de Minas Gerais, em maio de 2008. Em abril de 2008, realizou, juntamente com a escritora Inês Pedrosa, o Letras em Lisboa , encontro de escritores lusófonos, no Teatro São Luís e na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa. Como escritora, obteve, em Cuba, o "Prêmio Casa de Las Americas 1993", com o livro de contos: O fruto do vosso ventre . Foi premiada com a Bolsa da Fundação VITAE de Artes de São Paulo, para realizar o romance Fuga em Espelhos (Giordano: 2001). Em 2002, publicou o livro bilingüe Caderno de Pele e de Pelo / Cahier de Peau et de Poil . Em 2003, o ensaio Don Juan, Fausto e o Judeu Errante em Kierkegaard , pela Catedral das Letras, de Petrópolis. Em 2006, "Sudário", pela Ateliê, de São Paulo. Em 2008, publicou Aleijadinho e o Aeroplano , pela Civilização Brasileira. Como dramaturga realizou sa peças teatrais Medéias (2000), Olympia (2001), Ele: o Outro (2002). TABU (2003). Lírios (2004), com Fernando Bonassi, e Assim Seja! (2005).
Agradecimentos à professora Monica Olender pela dica!
terça-feira, 10 de março de 2009
Série Pritzker - 1979 Philip Johnson
Em 1949, depois de ser o primeiro diretor do Departamento de Arquitetura do Museu de Arte Moderna, Johnson projetou uma residencia para si próprio como trabalho de conclusão do mestrado, a conhecida casa de vidro.
É verdade que Philip Johnson não foi ponta em nenhum de seus envolvimentos com a arquitetura, mas independente do período, ele representou muito bem o que acreditava.
segunda-feira, 9 de março de 2009
Arne Jacobsen, eu venero
Há coisa de um mês, saí com minha mãe para comprar cadeiras para nossa sala-escritório.
Queriamos algo prático, que combinasse com o ambiente da sala, confortável e ergonométrico, mas que não tivesse aquelas idiotices megalomaníacas como encosto para braços ou para cabeça; enfim, queriamos uma cadeira sofisticada, não um trono sobre rodinhas.
Portanto, ao encontrar esse modelo Arne Jacobsen, foi amor a primeira vista! hehe
Sempre torci o nariz para as cadeiras do Jacobsen, mas por injustiça, por só ter sido apresentado ao exemplares mais espalhafatosos e bregas, aquelas cadeiras-egg, ou aqueles "Z's" de madeira que só servem para enfeitar a sala, isso se sua sala tiver 70m² e um pé direito duplo.
Porém agora retiro tudo o que disse sobre esse mestre, suas cadeiras são fantásticas, posso afirmar sem sombra de dúvida que é a cadeira mais confortável na qual já assentei. Sempre critiquei (na verdade debochei) meus amigos fanáticos por carros, marcas ou tênis, e agora me descubro fanático por cadeiras! hahaha
Enfim,
ela tem....
mas agora eu tenho também!
ps.: Barcelona, Paulistano e Eames Lounge chair, me aguardem!
domingo, 8 de março de 2009
Nova Série - Premiados Pritzker
Com certeza essa série será interessante para conhecermos melhor alguns dos arquitetos mais importantes das últimas três décadas.
Seguiremos a ordem cronológica da premiação, começando ainda nesta semana com o camaleão Philip Johnson.
sábado, 7 de março de 2009
Enquete Pritzker
Quem será o Pritzker 2009?
Tentamos criar uma lista bem completa com todos os prováveis laureáveis que lembramos apesar de, claro, provavelmente termos cometido alguma injustiça (Hertzberger... =/), mas vamos votar! A mesma pesquisa está rolando no MDC, no Arch Daily e no Piniweb, quem sabe a do blog aqui não acerta?
O resultado tradicionalmente sai dia 31 de março, aguardem conosco!
ps.: Eu, Henrique, coloco minhas fichas na Kazuo Sejima do SANAA, e você?
Cerâmica Termosensível
Por módicos 16.55 Dólares, por cada peça de 10x10 cm. Uma pechincha!