Todo ponto de vista é apenas a vista de um determinado ponto.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Concurso - Pavilhão Sérvio para a Expo Mundi 2010 de Shangai







Apresento a todos o projeto do pavilhão sérvio do qual tanto falei nos últimos dois meses. Projeto elaborado e desenvolvido por mim e pelos meus professores/patrões Nikola Arsenic e Uéslei Bonin. O que nos possibilitou participar desse concurso foi a nacionalidade do professor Nikola, uma vez que o concurso era aberto apenas para nativos (portanto, policiais sérvios, me prendam!).

Sim, as pranchas estão escritas em sérvio, mas tá tranquilo, vou dizer mais ou menos como funciona:

De início, cada participante escolheria uma frase como tema, para exemplificar o seu pavilhão. A nossa foi "Sérvia como um Espaço Democrático".

A questão era o seguinte, a Sérvia queria usar uma estrutura metálica pré-existente que estava no terreno que ela comprou para instalar seu pavilhão, que é essa estrutura retangular que vocês podem ver nas pranchas. O programa consistia numa área expositiva e outra para transações, negóciações e diálogos entre empresários.

Também havia a previsão de um café, mais sanitários e de algum centro de para prestar informações aos visitantes.

A simbologia está fundamentada no mistério. A Sérvia é uma nação que surge de um recente passado de guerras e que agora democrática e em paz procura se apresentar para o mundo. Portanto esse suspense das fachadas cegas e um tanto ásperas é para antecipar a explosão de informações e sentimentos contidos na parte expositiva. A democracia recém conquistada pela Sérvia é muito bem representada pelo Pavilhão no fato de não haver portas ou delimitações de percurso em lugar nenhum: o visitante pode entrar e sair por onde bem entender.

Note-se que a parte de "peso" foi intensionalmente disposta na parte alta do memorial, como uma pedra flutuante, o que na nossa intensão deveria aumentar ainda mais esse suspense.

Decidimos então separar usos por pavimentos: o primeiro andar ficaria com a parte do Buzziness + banheiro e café, e o segundo andar livre apenas para o espaço expositivo.

Esse ambiente expositivo é o ponto alto do projeto: primeiro porque tinhamos que resolver a questão de como expor coisas em um pequeno espaço, e o outro obstáculo era que no edital constava que essa parte expositiva ganhava pontos se tivesse mecanismos de interação com o público. Nesse mesmo parágrafo eles citavam o pavilhão da Bulgária (ou coisa assim) de alguma Expo Mundi anterior onde haviam bicicletas acopladas a grandes rodas (algo como uma roda de ramster), e quando os visitantes pedalavam essas bicicletas e a roda começava a girar, colada na parte interior da roda haviam diversas fotos do país, como se os visitantes estivessem pedalando pela Bulgária.

Nossa proposta então, para esse segundo andar era a de colocar vários Telões eletrônicos no teto e uma malha quadriculada no chão de botões gigantes acionados ao pisar dos caminhantes. Portanto enquanto os participantes caminhassem por esse ambiente, os telões ligariam durante o intervalo da pisada e mostrariam cenas da Sérvia, do seu passado e presente. Se a pessoa se interessasse pela cena, simplesmente só precisaria permanecer quieta no seu quadrado. Outra coisa interessante seria procurar em que telão estaria a cena relacionada ao botão pisado.

Assim resolvemos dessa forma a questão da falta de espaço para uma exposição material e também a premissa de interatividade com o público.

Enfim, sobre o resultado do concurso, parece que um sérvio de Belgrado ganhou com uma proposta que ainda não tive oportunidade de ver. Sabendo alguma coisa eu posto aqui. Até mais!

2 comentários:

Avner disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Avner disse...

E ae Henrique!
Seu blog é ótimo!
Sou um futuro estudante de Arquitetura e Urbanismo, talvez até no próprio CES/JF, pois moro em JF, e sempre acompanho seus posts!
Achei o blog na comunidade "Arquitetura e Urbanismo" do Orkut, e sempre que dá passo aqui para ver as novidades!
Um abraço, Avner!