Todo ponto de vista é apenas a vista de um determinado ponto.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MUSEU DA CIDADE - VIDEO

Museu da Cidade - P.A.U VIII

Professores: Frederico Braida | Frederico Halfeld | Mariane Unanue | Mônica Olender | Nikola Arsenic

Alunos: Henrique Gonçalves | Thiago Beck

domingo, 29 de novembro de 2009

MUSEU DA CIDADE - PRANCHAS

Museu da Cidade - P.A.U VIII

Professores: Frederico Braida | Frederico Halfeld | Mariane Unanue | Mônica Olender | Nikola Arsenic

Alunos: Henrique Gonçalves | Thiago Beck

Cliquem nas imagens para aumentá-las




Prancha I



Prancha II



Prancha III



Prancha IV

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Só Assim para o Reidy virar Notícia


Torcedores ganharam nesta sexta-feira (17) uma megabandeira de 210 metros quadrados no Dia do Flamengo. A data foi criada pelo governador Sérgio Cabral em homenagem à fundação do clube. A bandeira, em formato de camisa do time, foi estendida no prédio do Minhocão, na Gávea, na Zona Sul do Rio. Segundo a patrocinadora do time, o tamanho é proporcional ao amor dos torcedores pelo time e equivale a 40 pessoas de braços abertos. (Foto: Cláudia Loureiro/G1)


fonte


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Isso tá pedindo pra colocarmos o bandeirão do Tupi no edifício Clube Juiz de Fora!! Fica a dica hein!

sábado, 14 de novembro de 2009

A "mini-me" Savoye

Nunca falamos da obra máxima de Le Corbusier nesse blog talvez por não ter mais o que ser dito sobre ela.

É de conhecimento até do mundo mineral todos os pormenores dessa casa: todos conhecem o projeto, a história, as fofocas, enfim, todos já foram obrigados a fazer a algum trabalho sobre ela ao longo dos 5 anos de faculdade.

E se não foram, desconfiem!






Mas, para grande surpresa minha e da minha sala, algo inédito (para nós, ao menos) surgiu em um assunto despojado durante as aulas de P.A.

Nosso professor Fred Halfeld estava contando sobre sua visita à Villa Savoye, mas com enfoque principal na organização da visita, nos explicando como funciona uma "casa museu", até que ele solta sobre a existência de uma casa de caseiro... como assim?

Casa de caseiro na Villa Savoye?

Pra deixar a coisa mais esquisita, ele fala que a casa tem a composição e a linguagem completamente fiéis à casa principal e que, na verdade esse anexo seria o único exemplar construído da casa Mínimo Familiar.

Assim como o pessoal da sala ficou, vocês que não conhecem devem estar curiosos, portanto vamos às imagens da tal "casa do guarda e Jardineiro", cedidas pelo professor Frederico Halfeld do seu acervo pessoal. Desde já fica o agradecimento, valeu Fred!












Por mais sério que esse post precise ser, completando trabalhos de alunos de outras faculdades e períodos com essa informação, não consigo deixar de fazer essa comparação:



hehe

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Insonia











Essa porcaria tá fazendo minhas sinapses andarem por caminhos diferentes;

23 dias!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Edital - Projeto Carne Fresca



“Carne fresca”

Edital de ocupação da galeria Hiato-Ambiente de Arte.

A Galeria Hiato – Ambiente de Arte convida jovens artistas de Juiz de Fora para uma exposição coletiva que será realizada em março de 2010. A mostra contará com a participação do professor e artista plástico convidado Fabrício Carvalho, um dos artistas emergentes no cenário brasileiro das artes visuais e dez artistas iniciantes, selecionados através deste edital.

A seleção será realizada por uma comissão de curadoria e organização composta pelo professor e artista plástico Petrillo, representante da galeria Hiato; pela artista plástica e professora Sandra Sato e pelo artista convidado Fabrício Carvalho.

Poderão se inscrever artistas maiores de 18 anos, residentes em Juiz de Fora, cuja produção tenha, no máximo, 5 anos.

Cada artista pode se inscrever com até duas propostas, explorando o assunto “carne fresca” segundo seus critérios particulares.

As inscrições podem ser feitas pessoalmente ou pelos correios no período de 15 de outubro a 15 de dezembro de 2009, das 09 às 18 horas, na galeria Hiato (Rua Coronel Barros, 38, São Mateus, Juiz de Fora, 36025-110, tel. (32) 32164727).

As propostas devem ser enviadas em um CD/DVD (compatível com Windows XP – apenas arquivos PDF, JPEG e ou AVI quando for o caso) contendo:

A - memorial descritivo sobre a(s) proposta(s) apresentada(s) (máximo de 20 linhas),

B - máximo de cinco imagens* das obras a serem apresentadas contento, em cada uma: nome do artista, título da obra, material, dimensões em cm e ano de produção;

*no caso de pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, etc devem ser enviadas apenas imagens fotográficas digitais JPEG;

*para demais projetos, como instalações, performances, vídeo, etc. devem ser enviados imagens que melhor representem a configuração da proposta (croquis, projetos, fotos, vídeos, etc).

C - cinco (5) imagens de obras que representem a produção do artista contendo nome do artista, título, material, ano da produção.

D - dados curriculares, contendo nome completo, nome artístico, endereço, telefones, e-mail, etc.

Os trabalhos inscritos deverão atender às dimensões máximas de 150 x 150 x 100 cm (altura, largura e profundidade) para peças unitárias ou conjunto completo (dipticos, tripticos, polipticos), em material que não seja perecível ou que cause danos à estrutura arquitetônica original da galeria. Projetos relacionados a performances, instalações, projeções sonoras, vídeos e correlatos não devem ultrapassar cinco (5) minutos.

Os artistas selecionados serão comunicados por e-mail ou telefone no dia 29 de janeiro de 2010.

Caberá ao artista concorrente realizar sua inscrição dentro das regras e prazos determinados pela organização do evento; providenciar os equipamentos necessários para a projeção ou instalação de suas obras, bem como sua manutenção durante o período de exposição e o transporte e embalagem das obras para o local de exposição, bem como a retirada das mesmas após o término do evento.

Caberá a galeria a impressão e distribuição dos convites da exposição e realização de coquetel de abertura, a recepção e segurança das peças e eventual comercialização das obras disponíveis para a venda durante o período de exposição, com repasse de valores mediante negociações particulares.

Ao se inscreverem, os artistas selecionados, bem como o artista convidado, autorizam a galeria Hiato usar das imagens de seus trabalhos especificamente para divulgação em meios de comunicação e para confecção de um catálogo impresso especialmente para o evento.

A comissão de organização e curadoria tem total autonomia para decidir sobre os casos omissos neste edital e para aqueles que eventualmente surgirem.

Juiz de Fora, 10 de outubro de 2009

Cronograma:

· Inscrição: de 15/10 a 15/12/09, das 09 às 18hs. Pessoalmente na Hiato ou pelos correios.

· Seleção: de 20 a 25 de janeiro de 2010.

· Divulgação do resultado: 29 de janeiro de 2010.

· Recepção das obras: 01 a 10 de fevereiro de 2010.

· Abertura da exposição: 03 de março de 2010.

· Período de exposição: 04 a 27 de março de 2010

www.hiato.com.br

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Tênue linha entre Referência e Plágio


Meu Vizinho Totoro - 1988 - Direção de Hayao Miyasaki



Alice no País das Maravilhas - 2010 - Direção de Tim Burton


... não sei não, hein, Miyasaki pode já ir preparando o dossiê!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A arte da Garimpagem




Ser estudante de arquitetura é ser garimpeiro. Tirando as revistas AU e Projeto, poucas são as matérias em português dedicadas à nossa área. Portanto, se você não souber inglês perde 90% do show atual.

Livros também são outro problema, parece que o interesse das editoras em publicações arquitetônicas só refloreceu agora, mas ainda é uma flor sensível a qualquer crise ou variação de clima. Nova York Delirante, por exemplo, um texto paradigmático da arquitetura Pós-Moderna só foi publicado no Brasil agora, 20 anos depois, completamente fora de contexto.

Por isso, ser estudante de arquitetura ou mesmo arquiteto é um grande desafio garimpístico.

Querem um exemplo fenomenal? Esse post serve exatamente para isso:


Peter Zumthor recebe o Pritzker 2009. A Folha de São Paulo chama o arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, também laureado, para comentar a premiação. Indo além, na mesma entrevista, Mendes da Rocha comenta sobre seus projetos em andamento, sobre trabalhos passados e sobre diversos outros assuntos de suma importância.

Sinceramente, para mim uma das entrevistas que eu mais gostaria de ler nesse ano, um pritzker comentando sobre outro, e ninguém avisou ou ficou sabendo!.

Enfim, vamos tentar fazer alguma justiça e ir direto para a entrevista, que é o que importa:



São Paulo, domingo, 19 de abril de 2009
Cidades velhas
ZUMTHOR DÁ AS COSTAS PARA A EXUBERÂNCIA DO MERCADO, DIZ MENDES DA ROCHA; PARA O ARQUITETO CAPIXABA, PROGRAMAS DE CASAS POPULARES IGNORAM AVANÇOS DEMOCRÁTICOS


MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Paulo Mendes da Rocha está debruçado sobre suas origens. Ou melhor, sobre as águas de suas origens. Aos 80 anos, está mais perto de finalmente inaugurar seu primeiro projeto para a cidade natal, Vitória (ES): o Cais das Artes.
Até 2012, deve ser entregue à cidade um edifício de linhas contemporâneas, que invade as águas da baía de Vitória, feito em concreto e metal.
A construção terá um museu em condições de receber mostras internacionais, com área total de 3.000 m2, além de um teatro de 1.300 lugares e outros espaços (reserva técnica, sede de corpos estáveis, salas para oficinas educativas, entre outras coisas).
Em entrevista à Folha, o arquiteto capixaba radicado em São Paulo fala sobre o Pritzker dado ao suíço Peter Zumthor -que ganhou o Mies van der Rohe para arquitetura europeia, outra honraria importante da área, no mesmo ano em que Paulo Mendes da Rocha recebeu a versão latino-americana -1999.
Discute também projetos similares ao Cais, que utilizam engenhosamente a ligação entre território e edificação, em especial em paisagens portuário-marítimas, como os destinados a Montevidéu (Uruguai) e Alexandria (Egito).
Também não deixa de comentar o que considera nocivo para o urbanismo paulistano, como a manutenção do MAM-SP (Museu de Arte Moderna de SP) embaixo da marquise projetada por Oscar Niemeyer no parque Ibirapuera e a não execução de um anexo para a Pinacoteca do Estado, projeto de 1993 que trouxe de novo luzes sobre sua obra arquitetônica.



O Pritzker a Zumthor
Peter Zumthor é um arquiteto com uma obra que pensa e reflete profundamente o espaço. O prêmio dado a ele distingue uma arquitetura que está fora da exuberância mercadológica tão presente atualmente no meio. O Pritzker sempre está olhando para o futuro e faz com que uma obra como a dele seja vista e estudada com mais profundidade.



O local do Cais das Artes
É um projeto que, para mim, tem um encanto e uma sedução muito especiais, pois nasci lá. A casa do meu avô era quase em cima do porto, junto do parque Moscoso.
O porto fica na cidade velha, no fundo de um canal formado entre o continente e a própria ilha de Vitória. Na entrada desse canal, portanto, acabou se fazendo uma ponte que liga o continente à ilha, era um território abandonado "in natura" até outro dia.
Há pouco tempo, uns 15, 20 anos, foi feita uma muralha de cais com material da dragagem do próprio canal. Ganhou-se uma área do mar, retificou-se essa frente e prolongou-se uma avenida.

O programa
Este projeto contempla um teatro capaz de exibir óperas. Portanto, deve ter todos os recursos de orquestra, fosso, capacidade para 1.300 pessoas. E há um museu de arte moderna; hoje toda cidade importante do mundo tem seu MAM. O projeto tem de organizar essa praça de 70 metros por 300 metros na frente do mar. O lugar é esplêndido, porque você assiste aos trabalhos do mar, num desfile constante de navios para lá e para cá, rebocadores, lanchas de práticos. Ou seja, é uma cidade que se pode ver ali amparada pelos trabalhos.

Dificuldades
É um território de Marinha, ganho do mar, com problemas de lençol freático superficial.
Nós fizemos o teatro levantado do chão, o que dá a ele uma impostação de liberdade no chão, com galerias laterais.
E, junto da avenida, fica a parte de serviço, a entrada dos artistas, fundo de palco, espaço para cenários.
O grande salão, de onde se desce para a plateia, está debruçado sobre as águas do mar.
Nós pusemos toda a sustentação, os pilares, dentro d'água. Nos fundos do teatro, as janelas abrem para o mar.
De Vila Velha para Vitória, há uma navegação muito interessante de passageiros. Há desde grandes transatlânticos de turistas a lanchas, embarcações menores, que se dirigem para os recintos turísticos da baía, riquíssimos.
Esse lugar, assim, toma um certo ar veneziano. De quem constrói enfrentando as águas.

A influência de Reidy
O museu é desenvolvido de modo linear ao longo do mar, mas levantado do chão, para que desde a avenida você não tenha tolhida a visão do mar, dos navios e do lado de lá do canal. É bom lembrar que o MAM do Rio de Janeiro, do [Affonso Eduardo] Reidy, já é assim também -ou seja, diante de uma paisagem belíssima, você procura, sempre que pode, que um grande edifício não seja uma pedra no chão.

A influência portuária
Eu nunca saí de Vitória, não é? Do ponto de vista da minha formação, essa cidade sempre teve uma importância grande. Quem nasce num porto de mar, tem uma educação peculiar.
Há uma visão das virtudes da natureza, dos seus fenômenos, mas também das engenhosidades humanas. Um porto atrai e abriga inexoravelmente catraieiros, estaleiros, máquinas, ligações especiais com o tempo, com os horários...
Quem nasce num porto de mar tem tudo para ser sábio. Acostuma-se a ver a natureza não como uma simples paisagem, mas sim como um conjunto de fenômenos. Se o outro diz que é doce morrer no mar, nós, entretanto, achamos que não convém [risos].



A Biblioteca de Alexandria
Você deve ter uma atenção especial com essa disposição espacial "sui generis" para o enfrentamento das águas, é uma questão universal e muito interessante. Basta ver a Holanda toda, por exemplo.
A necessidade de saneamento nessas áreas alagadas, inundadas, de baixios, abrir canais, corrigir as marés.
Santos teve um trabalho magnífico do Saturnino de Brito. A população não tem consciência disso. E é por isso que as nossas cidades vão para o brejo.
No concurso para a Biblioteca de Alexandria [Egito], em 1988, saí do terreno exclusivo que deram, na frente do mar, mas separado por uma avenida.
E, avançando sobre as águas, há o que chamam de Península dos Faraós. Fizemos um grande túnel, que atravessa a avenida. Você rompe a avenida como obstáculo e usa toda a península como se fossem os jardins da biblioteca, com dois anexos.
É um partido arquitetônico que enfrenta uma espacialidade nova e necessária, num lugar extraordinário.
Não é simplesmente destinar um terreno para fazer um casarão como outro qualquer, para resolver um programa da biblioteca. Isso é fácil resolver.
A própria biblioteca também teria um pequeno porto. Você desembarcaria na biblioteca livre do trânsito de automóveis, pelas águas de um lugar que tem uma história, uma monumentalidade.

Montevidéu
Ao seminário que eu fui, em 1998, o tema era a baía de Montevidéu. É uma baía rasa, imprópria para a navegação.
A ideia era fazer uma avenida circular em volta da baía. A mesma questão de sempre, você fica com uma avenida de tráfego intenso, que impede a aproximação com a frente das águas. A própria avenida tem um lado só, o outro lado não serve para nada.
Como a baía não produz praias, não tem atrativos, surgiu a ideia de retificar as frentes, aterrar as esplanadas horizontais, inclusive com material dragado da própria baía, e mostrar que essa água morta passa a ter uma virtude incrível.
Ou seja, ela pode ser intensamente navegável de um lado para o outro, aliviando o tráfego de automóveis e criando um hábito novo para a população.



As vias elevadas em Vigo
Na Universidade de Vigo [projeto para a cidade espanhola, de 2004, em construção], a questão é enfrentar uma topografia muito enérgica e violenta. O terreno é escabrosamente vertiginoso, pode-se dizer assim. A partir de uma certa costa, mais ou menos numa posição de anfiteatro natural. Portanto, não surgiu a ideia de continuar fazendo muro de arrimo, estradas difíceis.
Era melhor construir uma via elevada na mesma cota, fazendo os novos prédios de maneira vertical, associados a essa rua elevada.
Os novos edifícios nascem todos desse viaduto. Aqui em São Paulo é fácil entender isso: o edifício Matarazzo, o Conde Prates e o antigo prédio da Companhia Light são edifícios que têm entradas pela cota do viaduto e pela cota do vale do Anhangabaú.
Vigo, assim, não tem nada de extraordinário nem de novo. A via elevada resolve uma série de problemas e facilita o encontro dos estudantes, a frequência e a convivência entre eles, que é muito difícil no descalabro de uma cidade feita num terreno montanhoso.

Minha Casa, Minha Vida
De maneira geral, todos os chamados planos habitacionais são erráticos porque não amparam a questão essencial da moradia, que é o endereço.
Habitação tem de ser junto do transporte público, nas áreas mais centrais, onde o acesso ao trabalho é fácil.
A grande questão da habitação é a construção da cidade.
Se você considerar uma cidade como as nossas, com mais de 5 milhões de habitantes, não pode fazê-la inteira pensando em palácios, museus, teatros.
Isso são adereços indispensáveis à cidade. Mas ela é feita de milhões de casas, que têm de saber conviver com o comércio, com acesso à saúde, à educação, ao transporte público.
Portanto, é um problema muito mais complexo do que simplesmente fazer um determinado número de casas, no caso 1 milhão.
Esse contrassenso de se afastar das áreas centrais é até explicável pela ideologia das classes mais ricas.
Mas a cidade bem feita é sempre um espaço democrático. Isso apavora esse pessoal que gosta de morar afastado.
Não percebem que, com isso, destroem a sua própria cidade, a sua própria moradia. Eu não sei como é que se faz para educar os filhos na adolescência em condomínios fechados. Estão produzindo monstrengos.


O anexo da Pinacoteca
É uma ideia do Emanoel Araujo, que era o diretor da Pinacoteca no tempo da reforma que fiz lá.
A ideia era transformar o que hoje é uma escola estadual em uma instituição de caráter museológico, que formaria de carpinteiros, eletricistas e montadores de exposições até museólogos, críticos, como um anexo da Pinacoteca do Estado.
Queria até fazer uma pequena ponte para a passagem de pedestres, alta, que ligasse um daqueles terraços altos da Pinacoteca atual ao outro lado do novo edifício.
A ideia é brilhante. Hoje, uma grande dificuldade dos museus é arranjar um corpo de funcionários capaz de gerir tudo aquilo. É uma coisa para fazer, não há o que discutir.
Esse é um projeto da cidade de São Paulo, qualquer arquiteto pode fazer, um pouco mais assim, um pouco mais assado.
Não estou dizendo que quero fazer, não sou catador de projetos. É um projeto que qualquer pessoa de bom senso faz.

O MAM-SP
A tragédia do parque Ibirapuera é o MAM, porque é fruto de um engano absurdo. Se é um museu, tem de respeitar as artes e, muito particularmente, a arquitetura, como manifestação artística.
O museu se enfiar embaixo da marquise é uma estupidez que não é possível ser feita por um museu. O grande empenho do MAM deveria ser de sair debaixo da marquise e liberar a entrada do Pavilhão da Bienal. Você não pode usar um quadro de Picasso como tela para pintar outro quadro e dizer que aproveitou a tela. Foi o que fizeram com a marquise.
Não vejo razão para ficar inventando novos museus [o antigo prédio da Prodam se tornará um museu de arte popular até 2011] enquanto um está desamparado, como o MAM.

fonte.


E o garimpo continua...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

30 dias



Algumas novidades futuras de certa forma irão mudar o metabolismo desse blog.

Daqui a 30 dias viajo para a Europa, mais especificamente para Dublin - Irlanda, cidade onde viverei por um ano.

Com o intuito de aperfeiçoar meu inglês, conhecer um pouco mais do mundo e sair da aba dos meus pais, penso que essa experiência me tornará um ser humano melhor, influenciando inclusive na minha futura produção.

Portanto esse blog ganha um caráter mais autobiográfico por minha parte, funcionando como uma espécie de diário de bordo que me acompanhará por toda essa jornada. Espero que gostem!

Pois então fico por aqui, tenho mais 30 dias de insônia para enfrentar, um grande abraço a todos os leitores!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Luto



Acácio Gil Borsoi (1924-2009)

Morreu, nesta quarta-feira (4), em São Paulo, o arquiteto urbanista e professor Acácio Gil Borsoi. Carioca radicado em Pernambuco há 56 anos, ele foi casado com a também arquiteta e pernambucana Janete Costa, que faleceu em 2008. Ele se tratava de um câncer descoberto há quatro meses.

Acácio Gil Borsoi nasceu no Rio de Janeiro, em 1924, e se envolveu com a arquitetura ainda muito cedo, observando o pai, o desenhista Antônio Borsoi, trabalhar no escritório de marcenaria. Em 1949, ele se formou arquiteto pela Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil. Nessa época, realizou as plantas de cálculo do engenheiro Joaquim Cardozo para o Teatro de Salvador.

Borsoi atuou como consultor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan, atual Iphan) por 15 anos. Mudou-se para o Recife em 1951, quando foi convidado a assumir a cadeira de pequenas composições da Escola de Belas Artes de Pernambuco. Acácio Gil Borsoi foi responsável pela reformulação do curso de arquitetura do Estado, junto com o arquiteto português Delfim Fernandes Amorim, com Heitor Maia Neto e Geraldo Gomes da Silva.

Entre as obras, foi autor de projetos de interiores famosos no Rio de Janeiro, como Palácio da Guanabara e o restaurante Assírio, do Teatro Municipal. O arquiteto assumiu a cadeira de grandes composições no lugar do arquiteto italiano Mario Russo, permanecendo no cargo até 1979, quando pediu demissão em repúdio à intervenção militar na escola.

Em 1963, assumiu a diretoria de engenharia da Liga Social contra o Mocambo, presidida pelo arquiteto Gildo Guerra no governo de Miguel Arraes, em Pernambuco. Pelo envolvimento com Arraes e por uma viagem para o Congresso Internacional de Arquitetura em Cuba, realizado em 1963, Borsoi foi preso por ordem do governo militar no ano seguinte.

Em 2005, Acácio Gil Borsoi recebeu o Colar de Ouro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), na Bienal Internacional de Arquitetura, em São Paulo, prêmio máximo da arquitetura brasileira.

O corpo de Acácio Borsoi vai ser velado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde vai ser cremado. As cinzas vão ser trazidas para o Recife, mas a família ainda não informou o dia da cerimônia.

fonte.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A Treta do Século - ou "O dia que Max Bill aprendeu a não se meter com cariocas"

Redação da editora Manchete, junho de 1953. O renomado designer, arquiteto, teórico e artista plástico suíço Max Bill, de passagem pelo Brasil, estava prestes a se meter numa treta da qual não sairia ileso.

(vale a pena ler a matéria, cliquem nas imagens para aumentá-las)





Alguns outros arquitetos tentaram contra argumentar, mas não foram incisivos o bastante:




Mas a resposta derradeira e à altura tinha que vir dele, Lucio Costa não podia deixar barato:



Lucio Costa, no tapa de luva (de boxe) do século, anexa em sua entrevista uma imagem de um projeto arquitetônico de Bill, e escreve acima da imagem em uma ironia que o que tem de maldosa, tem de elegante:

"ps.: Ilustra o referente artigo um projeto do mestre de Ulm (Max Bill) que figura no seu referente livro ilustrativo - tão interessante e necessário sob outros aspectos. Dada a escassez de sua obra, deve ser coisa importante. Tire cada qual sua conclusão."

Lucio Costa


A saga da arquitetura moderna brasileira, se conduzida corretamente, daria um fantástico filme, uma ótima série ou um inesquecível romance. Material não falta!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Everybody Loves Mies - A mais nova sitcom do dOOb!



Tentei mexer no zoom pra ficar decente, mas o jeito vai ser clicar pra aumentar!