Todo ponto de vista é apenas a vista de um determinado ponto.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Abert Speer, Adolf Hitler e a Arquitetura


Comparação com o nosso Copan, de 150 metros mais ou menos
Speer analisando a maquete da nova Berlin
O Domo inserido na maquete
Detalhe, reparem nos degrais da escada no canto inferior da foto, indistinguíveis no modelo
interior, com sua capacidade máxima em uma imagem ilustrativa
detalhe da maquete

Faz algum tempo, coisa de uns 2 anos, assisti ao magistral documentário "A Arquitetura da Destruição" (no original "Undergångens arkitektur", se quiserem procurar na internet, Architecture of Doom), do diretor Peter Cohen e narrada pelo Bruno Ganz e ao também fantástico "A Queda- Últimas Horas de Hitler" ( DownFall em inglês, Undertang em alemão) com o mesmo Bruno Ganz no papel principal.


Esse documentário me fascinou por apresentar as complexas idéias estéticas do fascismo alemão perante ao então Modernismo artístico, que surgia no mundo. A famosa perseguição sofrida pela Bauhaus entre outras perseguições a movimentos de vanguarda também são fantasticamente exploradas no filme.

Porém, o que mais me fascinou foi a figura de Albert Speer, arquiteto fascista que passava para o papel todas as idéias megalomaníacas de Adolf Hitler. A história de Speer e a sua relação com Hitler é passada com um quê de Advogado do Diabo, o que torna fantástico as obras produzidas pelo arquiteto nesse período.


E dentre essas obras, a que mais me fascinou foi o Domo Nazista (ou The Great Hall), não-executado, preparado para ser o centro apical da nova Berlim, um dos sonhos de Hitler a serem realizados num pós-guerra que não existiu.





ps.:E Por quê o Copan? -> Se eu falasse que o projeto do Domo tinha um pé direito de 450 m, ficaria na abstração, portanto coloquei o arranha-céu nacional mais famoso em uma foto real, e após isso fiz uma comparação em escala com o Domo.

O Idiota, de Dostoievski

São Petersburgo no séc. XIX, onde se passa o Romance

"Se existe Deus, Dostoievski foi maior que Deus quando escreveu "O Idiota".

(Doutor Paulo Bezerra, um dos únicos tradutores de russo em atividade no Brasil em fala proferida durante uma aula de mestrado na UFF)



O Idiota, um dos 5 grandes romances de Dostoievski é o que estou lendo nesse momento e confesso que estou mais fascinado ainda com o autor do que quando li o "Crime e Castigo".
O herói do livro, como diz o título é um completo idiota, mas em um sentido de ingenuidade e bondade: quase uma criança, um bobo de tão bom, honesto e sincero.
Dostoievski, quando compôs esse personagem, estava fascinado nas figuras de Jesus Cristo e Dom Quixote, o que explica tanto as atitudes do príncipe Michtkin quanto complexo desfecho da trama (podem ficar tranquilos que eu não vou contar! hehe).
A sociedade enfrentada pelo idiota, como de praxe, é um microcosmo de tudo o que conhecemos, afinal quando falamos da nossa aldeia falamos do mundo. Porém não é sobre isso que quero falar.
Ao ler o livro, passei a descobrir diversos exemplos de Cristos e Quixotes espalhados pela nossa produção ficcional. De Cavaleiros do Zodíaco até filmes de Hollywood, a catarze do sofrimento/redenção, luta/vitória é o que nos mais interessa. A beleza do martírio comove. Rocky Balboa treinando feito um desgraçado no pedaço de carne é o que faz a luta ser interessante. Dostoievski buscava criticar a corrompida sociedade russa, mas acabou apontando para outros lados. A estética da dor.


ps.: quem quiser o livro emprestado, só falar.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Piadinha de E-mail

Não sei se já é mto batida, mas eu li a primeira vez hj.


Três amigos se encontram, durante um almoço...
-O que você está fazendo na vida, João (ex-executivo da Pirelli)?
-Bem... eu montei uma recauchutadora de pneus. Não tem aquela estruturae organização que havia quando eu trabalhava na Pirelli, mas vai indo muitobem...
-E você, José (ex-gerente de vendas da Shell)?
-Eu montei um posto de gasolina. Evidentemente também não tenho aestrutura e a organização do tempo que eu trabalhava na Shell, mas estouprogredindo. .
-E você Orlando (ex-Gerente Executivo de arquitetura de uma grande empresa)?
-Eu montei um puteiro.
-Um puteiro???
-É,um puteiro! É claro que não é aquela zona toda da Arquitetura, mas játá dando algum lucro...
Diante do olhar incrédulo dos amigos, o arquiteto explicou:
Afinal, o que é ser arquiteto???Não sabem??? Pois então eu lhes digo:

1- Você trabalha em horários estranhos (que nem as putas).
2-Te pagam para fazer o cliente feliz (que nem as putas).
3-Seu trabalho vai sempre além do expediente (que nem as putas).
4-Você é mais produtivo à noite (que nem as putas).
5-Você é recompensado por realizar as idéias mais absurdas do cliente(que nem as putas).
6-Seus amigos se distanciam de você, e você só anda com outros iguais a você (que nem as putas).
7-Quando você vai ao encontro do cliente você precisa estar apresentável(que nem as putas), mas quando você volta parece que saiu do inferno (quenem as putas).
8-O cliente sempre quer pagar menos e quer que você faça maravilhas (que nem as putas).
9-Quando te perguntam em que você trabalha você tem dificuldade paraexplicar (que nem as putas
10-Se as coisas dão erradas é sempre culpa sua (que nem as putas).
11-Todo dia você acorda e diz: NÃO VOU PASSAR O RESTO DOS MEUS DIAS FAZENDO ISSO (que nem as putas).

Recentemente fiz uma via sacra em locadoras e na internet para encontrar todos os documentários sobre arquitetura. Aqui vão os que encontrei nesses últimos tempos.


- A Vida é um Sopro: Completamente didático sobre a produção de Niemeyer. Se você esteve no planeta terra no último ano, já sabe tudo o que acontece nesse documentário. O plus fica para os convidados que comentam a obra da Lenda: Saramago, Eduardo Galeano e Chico Boarque entre outros.


- Elogios à Luz: uma série espanhola que trás, em 11 capítulos, 11 arquitetos de sua terra com suas respectivas obras e um pouco de suas vidas (só não me pergunte o que o português Alvaro Siza está fazendo nesse ninho);



- Sketches of Frank Gehry: do diretor oscarizado Sidney Pollack, faz uma análise (um tanto forçada, eu achei) de como funciona o processo criativo de Gehry. O ponto interessante desse documentário é o seu formato, onde o diretor com sua camêra é filmado por um terceiro, passando de observador à personagem. Sobre Gehry, só aquela baboseira de sempre: Arquitetura do Espetáculo, etc, etc. ps.: reparem nos momentos com o psicanalista de Gehry, são os melhores.


- My Architect; A son's Journey: Nathaniel Khan, filho fora do casamento de Louis Khan, faz um documentário apaixonado em que busca descobrir quem foi seu pai, uma vez que tinha apenas 11 anos quando este faleceu. O documentário abrange principalmente a parte que pouco conhecemos, que é o lado pessoal da vida do mestre desde suas três famílias até as misteriosas condicões de sua morte, mas não deixa de analisar profundamente sua produção arquitetônica. A parte final do documentário em Dhaka, capital de Bangladesh, onde Khan ergueu sua obra prima é emocionante.


Detalhes técnicos de onde encontrar: Olha, os 3 primeiros são facilmente encontráveis no Emule ou com Torrent. O problema fica justamente com o My Architect, considerado por mim o único imperdível. Assisti a esse documentário em condições sub-humanas, dividido em 11 partes no youtube e sem legenda! Aí vão os links para quem for paciente e corajoso:
























sábado, 26 de janeiro de 2008

Primeiro Post

O que falar?
Espero que esse blog seja útil para a casta de estudantes brasileiros de arquitetura, quiçá de todo o mundo! kkkkkkkkkkkk
Mentira, primeiro post tem que ser sério. Sempre que acho alguma coisa legal na internet ou preciso desabafar alguma lamúria que acontece na minha vida estudantil não acho espaço.
A proposta é então essa.
Já já um post realmente útil para a humanidade.
=)